domingo, 14 de abril de 2019

Trabalhe com o que gosta e não precisará trabalhar nem um dia sequer...

Nem sei se a frase é assim, mas a ideia é.



Sinceramente queria conseguir lidar de maneira mais fácil com essa questão de  trabalho X prazer no que faz. 

Pensando nos motivos que me levaram ao Day-trade (das quais vou falar no post de sexta-feira), acabei em uma reflexão off-topic sobre o trabalho em si:

Muito se diz que quando faz o que gosta nem é considerado trabalho, mas quantas são as pessoas, nesta sociedade, que tem a chance de trabalhar com o que gosta?

Vejo mais gente trabalhando porque precisa por comida dentro de casa e pagar as contas do que porque gosta.

Sim, muita gente consegue isso.
Acredito que boa parte dos artistas, músicos* e pessoas que trabalham com entretenimento em geral conseguiram chegar a isto.
Mas já não consigo ver tantos operários de fábrica (seja qual for das diversas funções - de chão de fábrica, encarregados, operadores de máquinas, técnicos etc. tão satisfeitos assim.



O pessoal que trabalha com agricultura e lavoura (que eu conheço) são divididos entre satisfeitos ou não com a vida do campo.
Já trabalhei com uma pessoa em uma fábrica que me disse gostar muito da função que tinha, mas ela mesma se admitia uma exceção ali dentro.

Mas minha questão é, proporcionalmente à população economicamente ativa? Quanto?

E até mesmo, a economia de um país seria sustentável se TODAS as pessoas trabalhassem apenas com o que gostam? Teria espaço para todas elas?

Gostaria muito de saber como vocês lidam com isso? Como encaram esta realidade no seu dia a dia? Trabalham com o que gostam?

*Adendo: posso dizer que em minha trajetória cheguei a trabalhar como músico (bem, recebi por isso em algumas das apresentações e shows realizados) e sei das partes boas e difíceis, mas senti o prazer neste trabalho, porém não era sustentável pois digamos que com os trabalhos que eu conseguia poderia tirar uns R$100,00 por mês, em média (uma vez que nem todo mês tinham trabalhos).

6 comentários:

  1. Eu tenho um post agendado sobre uma temática parecida com essa... não exatamente o gostar do próprio trabalho, mas ao menos não encará-lo como um grande sofrimento.

    Me considero privilegiada, de certa forma. Mas no bom português dá pra me chamar de "fresca", "burguesinha" e outros adjetivos menos generosos.
    Eu, simplesmente, nunca consegui ficar 1 mês sequer trabalhando em um ambiente que não me agradasse. E isso engloba a função desempenhada, as pessoas com quem trabalho, o local de trabalho, etc.
    Em meu último trabalho formal fui realocada para outra unidade e não completei duas semanas. Executaria a mesma função, porém com outra chefia e outro "clima". Não rolou.

    Acredito que muitas pessoas tenham a visão de que trabalho é apenas para ganhar dinheiro, uma espécie de "mal necessário" e se resignam com isso. Mas quanto mais expandimos nosso conhecimento, mais difícil fica "aceitar" isso e a busca pelo trabalho gratificante aumenta.
    Independentemente da escolha de qualquer um, o ideal seria que, fazendo o que gosta ou fazendo pelo dinheiro, não fosse um sofrimento sem fim, como algo imposto pelo simples fato de estarmos vivos.

    E, sinceramente, acho que dificilmente estaremos completamente satisfeitos, seja com função, cargo ou remuneração... essa inquietude é que nos movimenta. E eu acho ótimo! :)

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    1. Achei muito interessante isso de você "não ficar 1 mês em um ambiente que não agrade". Fiquei curioso em saber se apenas esse 'não agradar" é motivação suficiente para se arriscar em outra coisa (visto que nossa economia não está tão tranquila assim para se conseguir ficar saindo 'sem pensar muito' de um emprego para outro). Aguardando o post!

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    2. Quando você tem custos fixos altos sem uma reserva de emergência, realmente fica difícil "abrir mão" de tudo.
      Felizmente sempre tive apoio familiar e na época em que fiz isso, as coisas estavam mais tranquilas (aka eu ainda tinha dinheiro guardado, haha).

      A questão é: por que vou me esforçar, ou melhor, COMO vou me empenhar em dar o meu melhor se não me sinto fazendo parte do todo? Me desgastaria emocionalmente por uma remuneração nem tão espetacular. Uma coisa é me "sacrificar" sabendo que é uma situação temporária, um período curto. Outra é um calvário diário perdurando anos. Sinceramente, não consigo conceber isso pra minha vida.
      Eu quero qualidade de vida agora, não daqui 10, 20, 30 anos.

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    3. É mais do que financeiro - é uma visão de vida!

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  2. Olá KT,

    Eu não trabalho no que gosto. Já gostei um pouco, mas hoje eu trabalho apenas por grana e em busca da IF. Eu não gosto do meio corporativo. Acredito que são poucos que trabalham no que gosta, como você falou.

    Abraços!

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    1. Estamos iguais nisto. Gostei um tempo do trabalho atual, mas algumas desavenças pessoais no ambiente o tornaram sofrível "como não deveria acontecer" como diz a amiga Ryca no comentário acima). E agora é só pela grana, mas mesmo assim insuficiente para a IF em um prazo menor (talvez com uns 70 anos eu consiga se continuar lá... rsrs)

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